Nise? Nise? onde estás? Aonde espera
Achar te uma alma, que por ti suspira,
Se quanto a vista se dilata, e gira,
Tanto mais de encontrar te desespera!
Ah se ao menos teu nome ouvir pudera
Entre esta aura suave, que respira!
Nise, cuido, que diz; mas é mentira.
Nise, cuidei que ouvia; e tal não era.
Grutas, troncos, penhascos da espessura,
Se o meu bem, se a minha alma em vós se esconde,
Mostrai, mostrai me a sua formosura.
Nem ao menos o eco me responde!
Ah como é certa a minha desventura!
Nise? Nise? onde estás? aonde? aonde?
Poema extraído daqui
Claúdio Manuel da Costa (n. Vargem do Itacolomi,atual Mariana, MG a 5 Jun 1729; m. em Vila Rica, actual Ouro Preto, MG, a 4 Jul 1789)
Ler do mesmo autor, neste blog:
Soneto XCVIII;
Pastores...;
Soneto V;
Soneto XLVI
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