Cedo ou tarde, a todo o homem chega a grande renúncia. Para o jovem não existe nada inalcançável. Que algo bom e desejado com toda a força de uma vontade apaixonada seja impossível, não lhe parece crível. Mas, ou por meio da morte ou da doença, da pobreza ou da voz do dever, cada um de nós é forçado a aprender que o mundo não foi feito para nós e que, não importa quão belas as coisas que almejamos, o destino pode, não obstante, proibi-las. É parte da coragem, quando a adversidade vem, suportá-la sem lamentar a derrocada das nossas esperanças, afastando os nossos pensamentos de vãos arrependimentos. Esse grau de submissão (…) não é somente justo e correcto: ele é o portal da sabedoria.
To every man comes, sooner or later, the great renunciation. For the young, there is nothing unattainable; a good thing desired with the whole force of a passionate will, and yet impossible, is to them not credible. Yet, by death, by illness, by poverty, or by the voice of duty, we must learn, each one of us, that the world was not made for us, and that, however beautiful may be the things we crave, Fate may nevertheless forbid them. It is the part of courage, when misfortune comes, to bear without repining the ruin of our hopes, to turn away our thoughts from vain regrets. This degree of submission to Power is not only just and right: it is the very gate of wisdom.
Bertrand Arthur William Russell, 3rd Earl Russell (b. Trellech, Monmouthshire, UK, 18 May 1872; d. 2 February 1970 in Penrhyndeudraeth, Wales, UK)
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