És, como no Klee
a máquina de chilrear
a liquidez perfeita dos passos,
a música dos surdos.
Que húmido pilar
sustenta, amor, o paço
em que me acoito e durmo
que não seja teu canto
ao canto do meu dia?
És, como no Klee,
a virgem matemática
que tudo me desvenda
e sem que eu faça contas
calculas somas, sumos,
entre o covo das ondas
e azul astronomia.
És, como no mundo,
a pintura delida
de que sobrou apenas
um osso branco e flauta.
Pedro Mário Alles Tamen (n. em 1 Dez 1934 em Lisboa)
Ler do mesmo autor neste blog:
Os Dias
Sem comentários:
Enviar um comentário