in Poesia Brasileira do Século XX Dos Modernistas à Actualidade, selecção, introdução e notas de Jorge Henrique Bastos, Edições AntígonaEscrevia no espaço.
Hoje, grafo no tempo,
na pele, na palma, na pétala,
luz do momento.
Sôo na dúvida que separa
o silêncio de quem grita
do escândalo que cala,
no tempo, distância, praça,
que a pausa, asa, leva
para ir do percalço ao espasmo.
Eis a voz, eis o deus, eis a fala,
eis que a luz se acendeu na casa
e não cabe mais na sala.
Paulo Mendes Leminski(n. em Curitiba, Paraná, a 24 de Agosto de 1944; m. em Curitiba a 7 de Junho de 1989)
Ler do mesmo autor: Amor bastante - Paulo Leminski; Amor, então; Iceberg
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