Olavo Bilac, considerado o Príncipe dos Poetas Brasileiros foi também o autor da letra do Hino à Bandeira.
Na sua obra conta-se: * Poesias (1888) * Crônicas e novelas (1894) * Crítica e fantasia (1904) * Conferências literárias (1906) * Dicionário de rimas (1913) * Tratado de versificação (1910) * Ironia e piedade, crônicas (1916) * Tarde (1919); Poesia, org. de Alceu Amoroso Lima (1957), e obras didáticas.
Desempenhou vários cargos públicos no estado do Rio de Janeiro e na antiga Guanabara, e foi um dos fundadores da Liga da Defesa Nacional (da qual foi secretário geral). Foi conferencista e a sua obra tornou-se leitura obrigatória, sendo declamado nos círculos literários.
Como jornalista nas palavras do crítico João Adolfo Hansen, "o mestre do passado, do livro de poesia escrito longe do estéril turbilhão da rua, não será o mesmo mestre do presente, do jornal, a cronicar assuntos cotidianos do Rio, prontinho para intervenções de Agache e a erradicação da plebe rude, expulsa do centro para os morros" (daqui).
Por estas noites frias e brumosas
É que melhor se pode amar, querida!
Nem uma estrela pálida, perdida
Entre a névoa, abre as pálpebras medrosas
Mas um perfume cálido de rosas
Corre a face da terra adormecida ...
E a névoa cresce, e, em grupos repartida,
Enche os ares de sombras vaporosas:
Sombras errantes, corpos nus, ardentes
Carnes lascivas ... um rumor vibrante
De atritos longos e de beijos quentes ...
E os céus se estendem, palpitando, cheios
Da tépida brancura fulgurante
De um turbilhão de braços e de seios.
Nel Mezzo del Camin
Por tanto tempo
Via Láctea
Delírio
Um beijo
Ao coração que sofre
Para saber mais sobre Olavo Bilac
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