Palavra, ó linfa pura que, batida
de rocha em rocha, mais se purifica
e depois é, no grande mar da vida,
a Mãe que gera e cria e santifica.
Luz flutuante que dos Céus vertida
cai sobre os génios e sobre eles fica
como que por espelhos reflectida
mais luminosa, deslumbrante e rica.
Sopro divino, brando como um sopro
ou vigoroso como um duro escopro
cortando a pedra rija do universo,
que eu tenha um dia a extraordinária Sorte
de te poder usar até à Morte
ditando então o derradeiro verso!
Manuel de Oliveira Guerra (n. a 24 Ago 1905 em Oliveira de Azeméis; m. no Porto a 5 Jun 1964)
de rocha em rocha, mais se purifica
e depois é, no grande mar da vida,
a Mãe que gera e cria e santifica.
Luz flutuante que dos Céus vertida
cai sobre os génios e sobre eles fica
como que por espelhos reflectida
mais luminosa, deslumbrante e rica.
Sopro divino, brando como um sopro
ou vigoroso como um duro escopro
cortando a pedra rija do universo,
que eu tenha um dia a extraordinária Sorte
de te poder usar até à Morte
ditando então o derradeiro verso!
Manuel de Oliveira Guerra (n. a 24 Ago 1905 em Oliveira de Azeméis; m. no Porto a 5 Jun 1964)
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