Eu abomino as pálidas donzelas,
sem sangue, sem calor, sem movimento
que aos abraços do amor perdem o alento,
nas longas noites sensuais e belas.
Quero sentir meu peito contra o peito
de alguém cheio de vida e mocidade
palpitar na gostosa ansiedade
dos loucos beijos, no perfúmeo leito.
Quero aperta-la doida... doidamente...
no momento do espasmo deleitoso
e sentir seu sangue vigoroso
palpitar sob mim, convulsamente...
Sirvam as doces virgens delicadas
românticas beldades vaporosas
para enfeitar as páginas mimosas
das crônicas antigas, ilustradas...
O poema foi extraído de http://www.interpoetica.com/. Nota biobliográfica em «A Circulatura do Quadrado - Alguns dos Mais Belos Sonetos de Poetas cuja Mátria é a Língua Portuguesa. Introdução, coordenação e notas de António Ruivo Mouzinho. Edições Unicepe - Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto, 2004.
Sem comentários:
Enviar um comentário