A luz que dá o teu rosto
É a luz da madrugada,
Mas vi-a quase ao sol posto
De uma vida amargurada...
Tão tarde vi o teu rosto!
Oh! Se na manhã da vida
Me raia logo essa aurora,
Quando folha e flor caída
me embelezara inda agora
O triste arbusto da vida!
Mas andei sempre às escuras...
Por onde nem se lobriga
Luz de estrelas nas alturas,
Quanto mais em face amiga...
Eu andei sempre às escuras!
E agora vendo a beleza
Dessa luz que me alumia,
Não sei se minha tristeza
É mais do que a minha alegria...
Vendo agora essa beleza!
João de Deus Ramos (n. em S. Bartolomeu de Messines a 8 Mar 1830; m. em Lisboa a 11 Jan. 1896).
Recomandamos do mesmo autor:
A Cigarra e a Formiga
A vida
É a luz da madrugada,
Mas vi-a quase ao sol posto
De uma vida amargurada...
Tão tarde vi o teu rosto!
Oh! Se na manhã da vida
Me raia logo essa aurora,
Quando folha e flor caída
me embelezara inda agora
O triste arbusto da vida!
Mas andei sempre às escuras...
Por onde nem se lobriga
Luz de estrelas nas alturas,
Quanto mais em face amiga...
Eu andei sempre às escuras!
E agora vendo a beleza
Dessa luz que me alumia,
Não sei se minha tristeza
É mais do que a minha alegria...
Vendo agora essa beleza!
João de Deus Ramos (n. em S. Bartolomeu de Messines a 8 Mar 1830; m. em Lisboa a 11 Jan. 1896).
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