Estes versos antigos que eu dizia
Ao compasso que marca o coração
Lembram ainda?... Lembrarão um dia...
— Nas memórias dispersas recolhidas
Sequer na piedosa devoção
De algum livro de cousas esquecidas?
— Acaso o que ora canta... vive... existe
Nunca mais lembrará — eternamente?
E vindo do não ser, vai, finalmente,
Dormir no nada... majestoso e triste?
Ângelo Vaz Pinto Azevedo Coutinho de Lima (n. no Porto a 31 Jul 1872; m. em 14 Ago 1921).
Do livro: "Líricas Portuguesas", seleção, prefácio e notas de Cabral do Nascimento, Portugália Editora, 1945, Portugal
Ler do mesmo autor:
Eu Ontem Vi-te
Não Tinha;
Soneto: Pára-me de repente o pensamento...
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