Dinamarca 4 - 2 Portugal
Defesa vulnerável não suporta velocidade dos nórdicos
Portugal que tinha sete vitórias e um empate nos anteriores confrontos com a Dinamarca desligou do jogo aos 77' com o resultado ainda em 2-2 que até se poderia considerar razoável. Porém, Scolari decidiu fazer mais uma catadupa de sustituições e foi o que se viu. Por incrivel que pareça não subsituiu o guarda-redes que nos quatro golos sofridos vou três serem por entre as pernas!
Pois é. Portugal apresentou no onze inicial nove mundialistas ainda que apenas quatro desses pertencessem ao onze habitualmente titular. Com a estreia de Nani na selecção (ele que até foi um dos melhores) e sem Deco e Figo, Portugal bateu-se equilibradamente com a Dinamarca na primeira parte. Mais veloz directo o futebol da selecção local, mais tecnicista o futebol português.
Aos 14' o primeiro golo para a Dinamarca originado num desequilibrio pela direita e em três toques a Dinamarca inaugurou o marcador com Tomasson a finalizar.
Não demorou muito o empate português. Livre de Nani para a área a bola foi rechassada para a frente da área com Ricardo Carvalho com excelente pontapé a repôr a igualdade. Portugal jogava bem com a bola nos pés mas tinha dificuldade de contrariar a maior velocidade dos dinamarqueses, com o meio-campo defensivo a não existir.
Aos 19' Nani é batido na esquerda e o cruzamento atrasado de Jorgensson encontra Kahlenberg para fazer o 2-1 com Ricardo Costa no chão e Ricardo a ver a bola passar pelo meio das pernas.
No intervalo Scolari fez entrar Carlos Martins e Petit para os lugares de João Moutinho (nem se viu) e Tiago enquanto na Dinamarca entrava Poulsen.
Portugal assumiu o jogo na segunda parte com os dinamarqueses mais defensivos e o empate adivinhava-se. Uma tabelinha com Cristiano Ronaldo a bola dividida com o guarda-redes op portugues tocou na bola primeiro e depois deixou-se bater no corpo do guarda-redes para penalty assinalado pelo árbitro que Ronaldo, tão inteligente a construi-lo, foi displicente a falhá-lo. Ainda assim Portugal num canto directo de Nani chegou ao empate aos 64'.
Nada fazia prever o descalabro final mas para isso contribuiram as substituições de Scolari; agora sem Ricardo Carvalho, Cristiano Ronaldo, Nani e com Hugo Almeida ao lado de Nuno Gomes, Scolari pensava mais no jogo com a Finlandia.
Porém este ainda não estava terminado. Os dinamarqueses renovaram o espírito de conquista e em mais uma tabela rápida ultrapassaram a defesa portuguesa para o 3-2 por Jorgensson, um dos melhores dinamarqueses, invariavelmente pelo meio das pernas de Ricardo.
Já sem vontade e força os portugueses sofreriam o 4º. golo em contra-ataque por Brentner que isolou-se e fuzilou Ricardo ... pelo meio das pernas!
Portugal está numa fase de transição, jogadores como Figo não são substituiveis. Deco e Simão também não estão, mas as principais dificuldades evidenciadas foi na falta de capacidade e velocidade para travar as desmarcações dos nórdicos. Atenção que para a semana com a Finlandia é a doer e o estilo é o mesmo! Lembrem-se do último jogo em que perdemos com eles no Bessa por 4-1!
Bem acabemos a crónica com uma nota positiva para o Nani que se estreou sendo um dos melhores portugueses e ainda por cima marcando um golo.
Estádio: Brondby Stadium ; Espectadores : 13.000
Árbitros: Alan Kelly,
Dinamarca: Thomas Sorensen; Lars Jacobsen (Helveg 67'), Agger, Gravgaar e Niclas Jensen; Rasmus Wuertz (Poulsen 46') e Gravesen (Daniel Jensen 62'); Rommedhal, Jorgensen (Claus Jensen 79') e Kalhenberg; Tomasson.
Portugal: Ricardo; Paulo Ferreira (Nuno Valente 78'), Ricardo Costa, Ricardo Carvalho (Ricardo Rocha 70') e Caneira; Tiago (Petit 46'), Costinha e João Moutinho (Carlos Martins 46'); Cristiano Ronaldo (Boa Morte 65'), Nuno Gomes e Nani (Hugo Almeida 65').
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