Via mesmo através da escuridão cerrada
Com pupilas de Lince em olhos de Morcego.
Mas um dia , brincando, a Demência irritada,
Num ímpeto de fúria os seus olhos vazou;
Foi a Demência logo às feras condenada,
Mas Júpiter, sorrindo, a pena comutou.
A demência ficou apenas obrigada
A acompanhar o Amor, visto que ela o cegou.
Como um pobre que leva um cego pela estrada.
Unidos desde então por invisíveis laços,
Quando o Amor empreende a mais simples jornada,
Vai a Demência adiante a conduzir-lhe os passos.
António Feijó (n. 1 Jun 1859 em Ponte de Lima, m. 20 Junho 1917 em Upsala - Suécia)
Eu e tu
Aforística
Pálida e loira
O amor e o tempo
Sonho desfeito
Sem comentários:
Enviar um comentário