ESTORIL: Jorge, Rui Duarte, Dorival, Elias, Cissé, Maurel, Paulo Sousa, Fellahi, Pinheiro, Torres e Moses
BENFICA: Moreira, João Pereira, Luisão, Rocha, Fyssas, Bruno Aguiar, Petit, Geovanni, Nuno Assis, Simão Sabrosa e Nuno Gomes;
Árbitro: Hélio Santos; Auxiliares: Devesa Neto e Valter Oliveira.
O que aconteceu no Algarve, em jogo cuja marcação foi rodeada de polémica- o que para os que ainda tinham dúvidas o jogo permitiu demonstrar ser totalmente descabida - tem acontecido frequentemente ao Benfica nos últimos tempos.
Muita vontade, mas muita sofreguidão e pouca inteligencia. Esta tarde/noite foi mais uma grande prova à saúde dos corações encarnados. A perder deste muito cedo (11') no único remate do Estoril por Paulo Sousa ( aquilo nem sequer foi um remate, foi um cruzamento para o miolo da área sem que tivesse havido desvio e a bola a anichar-se junto ao segundo poste nas redes de Moreira) o Benfica pressionou, atacou, criou algumas oportunidades (nem tantas quantas as conseguidas com o Leiria) e novamente uma boa exibição do guarda redes adversário ia evitando que o Benfica atingisse os objectivos.
O Estoril, no entanto, usou e abusou da agressividade e rudeza com muitas faltas e logo aos 24' estava reduzido a dez jogadores por expulsão de Rui Duarte.
O Estoril teve ainda um lance em que podia fazer o 2-0 num contra-ataque de dois para um, mas o passe adiantado permitiu a saída de Moreira para recolher a bola. Ainda na primeira parte, Trapattoni mexeu na equipa fazendo entrar Mantorras para o lugar de Nuno Assis (31'). Ao intervalo o 1-0 era o resultado.
A segunda parte foi de sentido único, ataque, ataque, ataque de uns e defesa, defesa, defesa de outros. Logo ao intervalo saiu Fellahi para entrar Amoreirinha para "polícia" de Mantorras. Aos 48' mais um amarelo ( Moses), com duas entradas no mesmo minuto, dificeis de explicar.Já com Karadas em campo no lugar de Fyssas o Benfica metia mais jogadores na área estorilista. O tempo passava e a intranquilidade dos adeptos era manifesta. Aos 61' entra Carlitos sai Geovanni. Talvez o empate quase ao fim, como no jogo com o Leiria era o melhor prognóstico dum adepto encarnado. Nem nos constantes lances de bola parada o Benfica ia lá.
Aos 75' o empate por Luisão de cabeça na sequência dum livre (canto curto) de Simão da esquerda do ataque encarnado. Foi a explosão do público que enchia o "Euro/Estádio" de Faro-Loulé. Ainda faltavam 15 minutos. O Estoril não jogava, defendia e distribuia "fruta" por tudo quanto era sítio. João Paulo recém-entrado é expulso por Hélio Santos por palavras que lhe foram dirigidas. Estoril com 9 jogadores. Canto, toque de cabeça e finalização de Mantorras que concretiza mais um golo que dá pontos. Nuno Gomes remate em jeito,... à barra. Seis minutos de compensação...ainda tempo para mais uma expulsão que o árbitro não quiz. Mantorras a bailar junto da linha lateral frente a um estorilista (Cissé)... este achou que era música a mais e aí vai disto um pontapé, agressão que o árbitro acha merecedor apenas de amarelo.
Vitória a "ferros" de uma equipa generosa, com vontade, mas pouco lúcida. Simão Sabrosa abaixo de forma, teve dois livres dignos de um jogador de raguebi. O Estoril hipotecou as poucas hipóteses que tinha de manutenção, se não pelo resultado mais pela razia disciplinar. Uma equipa de 1ª divisão tem jogar mais futebol. Não é preciso jogar desta maneira para provar a idoneidade que "boa gente" pôs em causa durante a semana.
A arbitragem foi muito permissiva, mas... o que seria se fosse mais exigente?
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