-"Amo-te!" E cerras os dentes
-"Amo-te!" E fico enleado
Como se fora assaltado
Numa selva por serpentes.
Nem um fauno alucinado
Tem ímpetos mais ardentes;
Nem as sibilas dementes
Este delírio sagrado.
Meus lábios, que a febre inflama,
E as faces, estão em chama
Como bocas de fornalha.
E ardem-te os olhos surpresos;
São dois archotes acesos
Numa noite de batalha!
Extraído de "Cem Sonetos Portugueses", selecção organização e introdução de José Fanha e José Jorge Letria, Terramar
Jaime Zuzarte Cortesão (n. Ançã, Cantanhede, 29 de abril de 1884 —m. Lisboa, 14 de agosto de 1960)
-"Amo-te!" E fico enleado
Como se fora assaltado
Numa selva por serpentes.
Nem um fauno alucinado
Tem ímpetos mais ardentes;
Nem as sibilas dementes
Este delírio sagrado.
Meus lábios, que a febre inflama,
E as faces, estão em chama
Como bocas de fornalha.
E ardem-te os olhos surpresos;
São dois archotes acesos
Numa noite de batalha!
Extraído de "Cem Sonetos Portugueses", selecção organização e introdução de José Fanha e José Jorge Letria, Terramar
Jaime Zuzarte Cortesão (n. Ançã, Cantanhede, 29 de abril de 1884 —m. Lisboa, 14 de agosto de 1960)
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