A moça que mora em frente
é uma moça indiferente,
não sei que mistério tem:
não chega nunca à janela,
ninguém olha para ela,
nem ela para ninguém.
Mas conta-se que a horas mortas,
fechadas todas as portas
da vizinhança, ela sai,
e ao cemitério chorosa
vai desfolhar um rosa
por sobre a campa do pai.
Antônio Augusto de Lima (n. Nova Lima, então Congonhas de Sabará, a 5 de abril de 1859; m. Rio de Janeiro, 22 de abril de 1934)
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