Caminho sem pés e sem sonhos
só com a respiração e a cadência
da muda passagem dos sopros
caminho como um remo que se afunda.
os redemoinhos sorvem as nuvens e os peixes
para que a elevação e a profundidade se conjuguem.
avanço sem jugo e ando longe
de caminhar sobre as águas do céu.
Daniel Augusto da Cunha Faria, nasceu em Baltar a 10 de abril de 1971; faleceu no Porto a 9 de junho de 1999
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