«Volto breve. E se tardar.
Mandarei uma notícia.»
- Dizias tu
Num aprumo juvenil
Apertando a minha mão.
Duvidei -
Manifestando
Essa dúvida. sorrindo...
E a promessa repetiu-se
Num outro aprumo mais lindo.
Habituado à descrença
E a sentir que tudo falha.
- Pobre de quem se concentra
Sem ouvir o coração!, -
Tentei, contudo, iludir-me,
Quis achar que me enganava,
E, afinal, - triste certeza!
Era certo o que eu pensava.
in Dandismo, 1928
António Tomaz Botto (nasceu em Concavada, Abrantes a 17 de agosto de 1897 e morreu no Rio de Janeiro a 17 de março de 1959)
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