Deus, logo que fez as flores,
Parou e pôs-se a cismar…
– Falta a flor dos meus amores.
Vou outra flor inventar.
Colheu lírios e boninas,
Rosa… cravo e malmequer,
Mogarins, zaiôs e cravinas…
E fez de tudo a mulher.
Viu, porém, que a nova flor
Era a que mais graça tinha
Disse, então, cheio de amor:
– Não és só flor, és rainha!
Pôs-lhe na fronte a pureza,
Na boca um terno sorriso,
No coração a firmeza…
Esqueceu dar-lhe… juízo.
Júlio Francisco António Adeodato Barreto nasceu a 3 de dezembro de 1905, em Margão, concelho de Salcete, arquidiocese de Goa, Índia e faleceu em Coimbra em 1937
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