Escuta meu Amor, quando eu voltar
De tão longe, e avistar de novo o Tejo,
O meu Restelo que em saudades vejo
Como outra Índia a conquistar
Quando a minha alma inquirida sossegar
Este voo indomável, num adejo,
E o amor e o céu e Deus, vivos num beijo,
Iluminarem todo o nosso lar:
Quando, meu Santo Amor, voltar o dia
Do primeiro regresso, e a aleluia
Madrugar tua alma anoitecida...
Hás-de embalar-me sobre o teu regaço
Arrolar, encantar o meu cansaço...
E então será o meu regresso à Vida!
De tão longe, e avistar de novo o Tejo,
O meu Restelo que em saudades vejo
Como outra Índia a conquistar
Quando a minha alma inquirida sossegar
Este voo indomável, num adejo,
E o amor e o céu e Deus, vivos num beijo,
Iluminarem todo o nosso lar:
Quando, meu Santo Amor, voltar o dia
Do primeiro regresso, e a aleluia
Madrugar tua alma anoitecida...
Hás-de embalar-me sobre o teu regaço
Arrolar, encantar o meu cansaço...
E então será o meu regresso à Vida!
in
Poemas Portugueses Antologia da Poesia Portuguesa do Séc. XIII ao Séc.
XXI, selecção, organização introdução e notas de Jorge Reis-Sá, prefácio
de Vasco da Graça Moura. Porto Editora.
Augusto Casimiro dos Santos (n. em Amarante a 11 Maio de 1889; m. em Lisboa a 23 Set. 1967)
Ler do mesmo autor, neste blog:
I A Hora da Prece
Voz das Lágrimas
Joconda
O Pooeta e a Nau
Sangue de Inês
Velando
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