Ser pedra! Não sofrer nem amar, que ventura!
Excelsa aspiração que merece um poema!
Ser pedra e ter da pedra a consistência dura,
que resiste do tempo à corrupção extrema!
Alma! Sopro de luz que me anima e depura,
antes tu fosses pedra: um diamante, uma gema,
não te seria a vida esta insana loucura,
esse eterno aspirar à perfeição suprema!
Homem, não mudarás! És homem, serás homem
lama vil animada, onde vive e onde medra
a venenosa flor das mágoas que consomem.
Homem sempre serás, imperfeito e corrupto. . .
E melhor é ser pedra e viver como pedra,
que ser homem assim e viver como um bruto!...
Zeferino Antônio de Souza Brazil, nasceu em 24 de abril de 1870, em Porto Grande, Taquari, Rio Grande do Sul e faleceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul a 3 de outubro de 1942.
Ler do mesmo autor, neste blog:
Formosura Ideal;
Mãe Natureza;
Na Alcova
Os Torturados.
Zelos
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