Da minha alegre janela
Vejo uma nesga do céu;
É noite serena, bela,
Espaireço o olhar meu,
A contemplar as estrelas
Que cintilam diamantinas,
Recorda-me sempre ao vê-las
Tuas graças peregrinas.
Que queres, pois se te não vejo,
Como outrora, na varanda
Trocando frases amantes?
Por isso mando-te um beijo
Na brisa suave, branda,
Fitando os astros brilhantes.
Lisboa, 1891
(ortografia atualizada)
in LYRA DA MOCIDADE (Primeiros versos)
Angra do Heroismo 1892
Faustino da Fonseca (Angra do Heroísmo, 1 de abril de 1871 — Lisboa, 22 de outubro de 1918)
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