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2015-04-01

AS ESTRELAS - Faustino Fonseca

Da minha alegre janela
Vejo uma nesga do céu;
É noite serena, bela,
Espaireço o olhar meu,

A contemplar as estrelas
Que cintilam diamantinas,
Recorda-me sempre ao vê-las
Tuas graças peregrinas.

Que queres, pois se te não vejo,
Como outrora, na varanda
Trocando frases amantes?

Por isso mando-te um beijo
Na brisa suave, branda,
Fitando os astros brilhantes.


Lisboa, 1891

(ortografia atualizada)

in LYRA DA MOCIDADE (Primeiros versos)
Angra do Heroismo 1892

Faustino da Fonseca (Angra do Heroísmo, 1 de abril de 1871 — Lisboa, 22 de outubro de 1918)

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