Sei que dez anos nos separam de pedras
e raízes nos ouvidos
e ver-te, ó menina do quarto vermelho,
era ver a tua bondade, o teu olhar terno
de Borboleta no Infinito
e toda essa sucessão de pontos vermelhos no espaço
em que tu eras uma estrela que caiu
e incendiou a terra
lá longe numa fonte cheia de fogos-fátuos.
in "Ossóptico e Outros Poemas"
António Maria Lisboa (nasceu em Lisboa, 1 de Agosto de 1928 — m. Lisboa, 11 de Novembro de 1953)
Ler do mesmo autor, no Nothingandall:
Poema Z
Projecto de Sucessão
Rêve Oublié
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