A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça
A meu favor tenho uma rua em transe
Um alto incendio em nome de nós todos
Alexandre Manuel Vahía de Castro O'Neill (n. em Lisboa a 19 de dezembro de 1924; m. em 21 de agosto de 1986).
Ler do mesmo autor:
Nesta curva tão terna e lancinante;
O Beijo;
Um Adeus Português;
Gaivota;
Há Palavras Que nos Beijam;
Dai-nos, meu Deus, um pequeno absurdo quotidiano que seja;
Toma Lá Cinco;
Auto-Retrato.
Sem comentários:
Enviar um comentário