Nunca como em Veneza
Adoro a nossa pobreza
Portuguesa;
As nossas casas caiadas,
As nossas praias salgadas,
Os burricos berberes,
E na Batalha de pedras douradas
A saia pela cabeça das mulheres.
Ó Veneza oriental,
Marítimo tesouro
De púrpura, de mármores e de ouro:
- Em Portugal
Rico só é o céu que nos lá cobre.
Portugal teve o Mundo - e ficou pobre.
in Cem Poemas Portugueses sobre Portugal e o Mar, selecção, organização e introdução de José Fanha e José Jorge Letria, Terramar
Afonso Lopes Vieira (n. em Cortes (Leiria) a 26 de Janeiro de 1878 e faleceu em Lisboa a 25 de Janeiro de 1946).
Ler do mesmo autor, neste blog:
Linda Inês
Dança do Vento
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