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2013-11-21

À NOITE - Luís Filipe Castro Mendes

Que a noite diga à noite o que ilumina
e nos ordene o verso. Vem, noite antiga,
desprendida da lua e das fogueiras,
retira às coisas vãs toda a medida,
vem despir-te solene à minha beira.

Seja outra noite a noite. Outro o caminho.
Outro o vento a perder-se nas bandeiras.

(Outras Canções)
in Antologia da Poesia Portuguesa Contemporânea, um panorama
organização e introdução de Alberto da Costa e Silva e Alexei Bueno
Rio de Janeiro, Lacerda Editores

Luis Filipe Castro Mendes nasceu em Idanha-a-Nova em 21 de Novembro de 1950

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