Jorra p'ra o alto o jacto, e, ao cair,
Enche a marmórea taça até À borda.
E esta, coifando-se de um véu, desborda.
P'ra a outra taça a seguir:
Estoutra, já por de mais rica.
Dá À terceira a onda refluente,
E cada qual recebe e dá conjuntamente
E transborda e fica.
Trad. Paulo Quintela
in Rosa do Mundo 2001 Poemas para o Futuro, Porto Editora
Conrad Ferdinand Meyer (Zurique, 11 outubro 1825 – Kilchberg, 28 novembro 1898)
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