Não sei qual seja agora o meu querer:
Se ver-te para não ter mais saudades
Se as saudades de te ver,
Que ver-te a dois passos me faz desejar-te
Mais perto
E mais perto
Esmagada comigo
Num rito brutal ─ os dois sangues trocados!
Mas eu sei que ficaremos
Separados
Como valvas de marisco
No cisco da praia!
─ Duas peças do engenho de Deus
Avariado,
Enquanto o Homem não descobre o Mundo.
Políbio Gomes dos Santos (n. Ansião, 7 de Agosto de 1911 — m. Ansião, 3 de Agosto de 1939)
Do mesmo autor, neste blog:
Radiografia
Poema da Voz que Escuta
Testamento Aberto
Genesis
1 comentário:
Oi, Fernando!!
As barreiras invisíveis que se cria para não viver o amor. Dizem que o medo de amar é também o medo de morrer... rs.
Não conhecia o poeta.
Bom restinho de domingo e boa semana!!
Beijus,
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