Meu vilarejo um cromo estilizado.
O Largo da Matriz. Uma palmeira.
A cadeia sem preso nem soldado.
Calma em tudo. Silêncio. Pasmaceira.
Andorinhas em bando no ar lavado.
O rio. O campo. Além de uma porteira,
Um velho casarão acaçapado.
Nossa casa tranqüila e hospitaleira.
O Cruzeiro lá em cima, em plena serra,
Braços abertos para a minha Terra...
E, eu criança e feliz. Que doce idade !
Hoje, porém meu Deus, quanta emoção!
Do meu peito no triste mangueirão,
Cavo e soturno, o aboio da saudade...
Cesídio Ambrogi (Natividade da Serra, São Paulo, 22 de maio de 1893 — Taubaté, São Paulo, 27 de julho de 1974).
Trovas - Cesídio Ambrogi
Cruz de Ferro
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