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2012-12-18

O Ministro das Finanças e os tolos ou analfabetos dos portugueses

O Ministro das Finanças trata os portugueses (não propriamente como tolos como reagiu o deputado Honório Novo) como analfabetos e atrasados mentais!

Hoje, esteve a comparar as previsões com (as estimativas dos) resultados finais de 2012. Na regressão do PIB a previsão era de 2,8%; afinal, andará nos 3%. Já quanto ao saldo orçamental a previsão era de -4,5% do PIB e ficará expetavelmente nos -5,0%, isto segundo o Ministro. Por isso, os erros de previsão, na perspetiva dele, foram ligeiros e admissíveis...

Ora, eu e a grande maioria dos portugueses - mesmo aqueles em que o país não investiu para os dotar com a formação que o senhor ministro tem - sabemos que ao dizer o que disse o ministro comportou-se como um mentiroso doutorado.

Os 5% que projeta só serão conseguidos após o contributo da adoção de medidas extraordinárias inicialmente não contempladas na previsão (como as receitas da concessão da ANA - veremos ainda se o Eurostat aceita o seu contributo para a redução do deficit). Sem estas medidas o deficit rondará os 6%. Por outro lado, todos sabem que em Outubro saiu mais um pacote de medidas extraordinárias, essencialmente, de índole fiscal, que não estavam contempladas quando projetou os 4,5% do deficit. Por isso, vangloriar-se de que errou nas previsões por pouco é o mesmo que meter a cabeça na areia como faz a avestruz.

Na realidade, o erro nas previsões do deficit (das receitas fiscais, da taxa de desemprego e de muitas outras variáveis...) foi colossal.

Também no Ministro das Finanças, especialmente por meio do seu comportamento pouco ético, os portugueses já perderam a confiança (e a esperança).

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