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2012-11-22

Instantâneo - Mauro Mota

No pátio da igreja de São Sebastião,
depois da missa cantada e da comunhão,
Dona Santinha, em perfeito estado de graça,
com o véu, o livro e o terço na mão,
murmurava a um grupinho que Padre João
estava, na sacristia, se derretendo
para a filha mais nova do sacristão.

Mauro Ramos da Mota e Albuquerque (Nazaré da Mata, 16 de agosto de 1911 — Recife, 22 de novembro de 1984)

Do mesmo autor: Morte Sucessiva

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