Sustentados pelo aro, trinta raios rodeiam um eixo,
mas é onde os raios não raiam que roda a roda.
Vasa-se a vasa e se faz o vaso,
mas é o vazio que perfaz a vasilha
levantam-se paredes e se encaixam portas,
mas é onde não há nada que se está em casa.
Falam-se palavras e se apalavram falas,
mas é no silêncio que mora a linguagem.
O ser presta serviços,
mas é o nada que dá o sentido.
mas é onde os raios não raiam que roda a roda.
Vasa-se a vasa e se faz o vaso,
mas é o vazio que perfaz a vasilha
levantam-se paredes e se encaixam portas,
mas é onde não há nada que se está em casa.
Falam-se palavras e se apalavram falas,
mas é no silêncio que mora a linguagem.
O ser presta serviços,
mas é o nada que dá o sentido.
Tao Te Ching, Lao-Tzu
Extraído de O homem no poema de Parmênides
Emmanuel Carneiro Leão, Universidade Federal do Rio de Janeiro
daqui
xxxxx
Trinta raios cercam o eixo
O uso do carro está no seu vazio.
O jarro é feito de barro moldado
O uso do jarro está no seu vazio.
Fazem-se portas e janelas para a casa
O uso da casa está no seu vazio.
Portanto:
O ser serve para ser possuído
E o não-ser para ser utilizado.
Outra tradução no wikisource
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