Nunca aprenderemos a concentrar
o amor
que circula na corrente
da vida.
Lograremos, porventura, reparti-lo
pelos anos, solúvel
no adormecer e no acordar,
até não ser mais do que um resíduo
de insónia a
avinagrar os sonhos
da velhice.
Mas, à maneira de bactéria,
o amor infecta a alma
desde que alguém reconhece
a própria imagem e surpreende nela
o ser escondido.
É essa intelecção que nos
liberta da responsabilidade
de sentir o peso da existência
e o próprio tempo.
Laureano Manuel Fernandes da Silveira, nasceu no Porto em 10 de julho de 1957, faleceu no Porto em 5 de junho de 2008
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