Levantem as mãos
bandidos não assumidos
não toquem no dinheiro público!
Pode não ser hoje
porém amanhã hão de pagar
com lágrimas de sangue
o que da Nação criminosamente levaram
gastando mais do que deviam
ou gastando o que nem gastar podiam.
Cléo Bernardo de Macambira Braga nasceu em Santarém, em 11 de fevereiro de 1918, e faleceu em Belém em 7 de setembro de 1984. Advogado, jornalista, poeta e cronista. Fundador do Partido Socialista no Pará, elegeu-se deputado estadual em diversas legislaturas. Voluntário da Força Expedicionária Brasileira nos campos da Itália na II Guerra Mundial, fundou a Associação dos Ex-Combatentes em Belém. Lecionou Direito Administrativo na Universidade Federal do Pará e, no Colégio Moderno, História e Economia. Teve seu mandato de deputado cassado pelo regime militar instalado no País em 1964, que lhe suspendeu também os direitos políticos. Cléo Bernardo morreu sem ver o Brasil retornar à normalidade democrática. Suas crônicas, que abarrotam os jornais de Belém, principalmente O Liberal, são expressão de um caráter sincero, honesto e verdadeiro, que mantêm uma atualidade impressionante. Parte delas foram reunidas em 1991 no tomo A pé com a Liberdade, editado pela Grafisa. São como pérolas fulgurantes, que devem ser (re)lidas com a mesma devoção com que se (re)lê um salmo na Bíblia. Qualquer semelhança com a realidade de hoje não é mera coincidência
(extraído daqui)
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