3 - 0
Marítimo
... e a Primavera começa com um Benfica-Porto nas meias-finais da Taça da Liga
O Porto acabara de vencer o Vitória de Setúbal por 2-0 com golos dos reforços de Janeiro Lucho e Jamko quando as equipas entraram perante cerca de 19.600 espectadores para decidir o par dos portistas nas meias-finais da Taça da Liga que já vivera no escalonamento da outra meia-final uma grande surpresa com os «galos» do Gil Vicente a "bicarem" de modo mortal os "leões" em Alvalade e, assim, qualificarem-se para decidir com o Braga (vencedor do Portimonense com um golo de Hugo Viana em remate ainda do meio-campo defensivo!).
Sem Luisão e Emerson impedidos e, por isso, substituídos por Jardel e Capdevilla, Jesus mudou ainda vários outros jogadores com uma dupla inédita na frente: Nélson Oliveira e Saviola, e sem Witsel no meio-campo jogando Javi-Aimar-Nolito e Gaitán.
No Marítimo, equipa surpresa da época, o destaque era para a ausência de Bábá transferido para Sevilha durante a abertura do mercado de Janeiro pelo que a dependência da velocidade de Sami se perspectivava maior. Pois bem, a primeira oportunidade foi para o veloz extremo madeirense que aproveitou o avanço da equipa da Luz na marcação de um pontapé de canto, para fugir pela esquerda, evitar a entrada de Maxi e ainda com um colega para endossar a bola num dois contra o desamparado guarda.redes Eduardo se deslumbrar permitindo o sucesso da saída do hoje titular guarda-redes internacional português.
O início do jogo foi extraordinário com a equipa do Benfica a empurrar o Marítimo pasra zonas mais defensivas e as oportunidades a sucederem-se. Nélson Oliveira embala na direita e cruza para no segundo poste Nolito desperdiçar perante a defesa de Salin. Pouco depois é Saviola que remate para defesa incompleta do guarda-redes da equipa insular, desperdiçando o avançado argentino a recarga ao rematar mal ao lado. Aos 13' redimiu-se quando numa transição ofensiva rápida fez a abertura para Nélson Oliveira que partindo em velocidade, deu para olhar para o assistente aferindo da sua posição regular e rematar de pé direito cruzado inaugurando o marcador. Três minutos depois é uma tabelinha Nolito-Aimar concluída pelo espanhol com um remate que fez brilhar Salin em defesa para canto.
O jogo continuou fluido, bem disputado mas a partir dos vinte minutos a equipa do Funchal subiu mais no terreno e passou a discutir o tempo de posse de bola.
Aos 35' Maxi Pereira tira o pão da boca a Samir evitando jogada de perigo dos insulares. A capacidade defensiva do meio-campo encarnado é menor e a equipa do Marítimo consegue repartir o jogo.
O jogo tem pouco depois do recomeço (2' da segunda parte) uma jogada semelhante ao golo encarnado mas desta vez Nélson Oliveira, de novo solicitado por Saviola, atirou a rasar o poste.
Aos 53' começou o desnorte do árbitro Artur Soares Dias. Jogada no meio-campo Javi Garcia ganha o Benfica parte com, perigo para o ataque e o árbitro interrompe o jogo para mostrar cartão amarelo a Rafael Miranda, que tivera entrada em falta sobre o médio benfiquista.
Pedro Martins achava que era hora de dar mais ideias ofensivas ao meio-campo da sua equipa e tirou João Luíz para entrar Benachour. Porém, o jogo ficou estragado com mais uma má decisão do árbitro. Em lance aéreo Pouga salta com Javi e o árbitro considerou que houve agressão no toque involuntário do braço no pescoço do jogador encarnado. Teria mais que bastado o cartão amarelo.
A partir daqui o espectáculo sofreu um revés. O Marítimo deixou de mostrar capacidade e o Benfica, também, em algumas ocasiões, perdeu concentração com as facilidades.
Com a entrada de Ronaldo (para o lugar de Saviola) e após uma perdida escandalosa de Sami de baliza aberta ao segundo poste depois da tal desconcentração encarnada ter contagiado Eduardo que pôs a bola nos pés de um madeirense.
Este lance fez acordar a equipa local que nos dez minutos seguintes criou várias oportunidades. Aos 73' em jogada de Nélson Oliveira pela direita deu para Gaitán que colocou no centro para Rodrigo de trás aparecer a fazer o 2-0. Aos 77' foi o extremo argentino a falhar a finalização e o golo, mas pouco depois desmarca Ronaldo que ganhou, com felicidade, o duelo com o guarda-redes Salim que saíra, com um ressalto que pôs a bola e a baliza à disposição fazendo o 3-0.
Djaló estreou-se aos 82' e ainda teve oportunidade para visar a baliza mas o remate foi fraco.
Nolito com Cardozo (que entrara aos 85' substituindo Nélson Oliveira - excelente exibição) ao lado foi egoísta e desperdiçou o 4-0 e a hipótese de o avançado paraguaio ultrapassar um record que vem do tempo de Eusébio - marcar em mais de 8 jogos consecutivos.
Bom jogo durante a primeira parte e uma segunda parte desequilibrada por uma decisão errada deste árbitro que teima em ser protagonista ao não fazer devidamente o enquadramento dos lances.
Jogo para a Taça da Liga
Estádio da Luz
Assistência: 19.594
Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto)
BENFICA: Eduardo, Garay, Jardel, Maxi Pereira, Capdevila, Nolito, Gaitán (Djaló 82'), Aimar, Javi García, Nélson Oliveira (Cardozo 85'), Saviola (Rodrigo 67')
MARÍTIMO: Salin, Roberge, João Guilherme, Briguel, Rafael Miranda (Heldon, 73), Roberto de Sousa, João Luíz (Benachour 58'), Luís Olim, Danilo Dias, Sami (Igor Rossi, 85), Pouga
Golos: 1-0 Nélson Oliveira 13', 2-0 Rodrigo 73'; 3-0 Rodrigo 80'
Disciplina:
53' Cartão Amarelo para Rafael Miranda (Marítimo).
59' Cartão Vermelho para Pouga (Marítimo). O árbitro considerou (mal) que num lance de disputa aérea o avançado do Maritimo agredira Javi Garcia
88' Cartão Amarelo para Maxi Pereira (Benfica).
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