Quando eu morrer hás-de sentir o vento
a gritar através da noite escura.
- Sou eu, sou eu, que vim da sepultura
protestar contra o nosso afastamento.
Quando eu morrer, se ouvires um lamento
rezado pela brisa que murmura,
sou eu, sou eu, chorando com ternura
a saudade do nosso casamento.
Quando eu morrer, escuta a voz da água
gemendo na vidraça a minha mágoa,
a soluçar, a soluçar por ti.
E se ouvires bater à nossa porta,
abre sem medo, meu amor - que importa? -
- Sou eu, sou eu, que nunca te esqueci.
Ler do mesmo autor, neste blog: Tarde
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