Do teu trono de róseas alvoradas,
Estende, mãe bendita, as mãos radiosas,
Sobre a angústia das sendas escabrosas
Onde choram as mães atormentadas.
Mãe de todas as mães infortunadas
Com tua alma de lírios e de rosas,
Mitiga a dor das almas desditosas
Entre as sombras de míseras estradas.
Anjo consolador dos desterrados,
Conforta os corações encarcerados
Nas algemas do mundo amargo e aflito.
Ao teu olhar, as lágrimas da guerra
E os quadros de amargor, que andam na Terra,
São caminhos de luz para o Infinito.
Francisco Leite de Bittencourt Sampaio (Laranjeiras, 1 de fevereiro de 1834 — Rio de Janeiro, 10 de outubro de 1895
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