Não foram precisos muitos segundos de jogo para perceber que o discurso de Paulo Bento de que a selecção nacional de futebol sénior ia a Dinamarca para ganhar e não para jogar para o empate se tratava de demagógico paleio de político.
Como é que uma selecção medíocre de há quatro dias atrás se podia em tão pouco tempo converter numa boa selecção? Não entendo como uma imprensa tão benevolente para Paulo Bento se satisfez com um resultado de 5-3 em casa perante a Islândia. Então sofrer três golos em casa perante toscos islandeses, que ainda criaram outras tantas oportunidades flagrantes, só podia prenunciar um desastre na Dinamarca.
E os primeiros minutos logo mostraram amedrontados portuguesinhos de palmo e meio a andarem a passo de caracol (ou a trem da linha do Tua) perante gigantes dinamarqueses a velocidade de train de gran vitesse (que não temos e nunca teremos).
Aos três minutos já perdíamos não fosse o árbitro italiano ver uma falta (depois de os dinamarqueses já estarem há bom tempo a festejar) que não vi. Mas perante uma equipa à defesa que não sabe defender foi questão de tempo ver Rui Patrício sofrer um golo num remate de Krohn-Dehli... que Rolando desviou para dentro da baliza. E assim a Dinamarca avançava para o comando da qualificação. Na Suécia a equipa da casa avançava também no marcador mas logo os holandeses restabeleciam o empate para repor Portugal na rota da fase final do Euro.
Quase durante toda a primeira parte Portugal esteve bloqueado e o guarda-redes dinamarquês teve um dia de férias, intervindo praticamente para fazer uma defesa a remate de Cristiano Ronaldo que saiu com boa direcção mas frouxo.
Quando se pensaria que o intervalo só poderia fazer bem a Portugal os dinamarqueses ameaçaram com o segundo golo que viriam a marcar por Bendtner aos 63'. O onze do jogo da Islândia repetido neste jogo em Copenhaga estava longe de chegar para se bater perante o futebol directo, vivo, físico e dinâmico da Dinamarca.
Postiga um zero à esquerda, sempre lento, amorfo e inconsequente. Os laterais João Pereira e Eliseu foram buracos de todo o tamanho, Carlos Martins com alguns remates de fora da área desastrados, João Moutinho e Raul Meireles sem físico para disputar as bolas perante gigantes dinamarqueses a maior parte das vezes em lances aéreos. Cristiano Ronaldo poucas vezes em jogo...
Da Suécia as notícias do segundo golo da Holanda logo foram contrariadas pela reviravolta sueca que atirava Portugal para o play-off.
Já era mais a expectativa de auxílio externo do que esperança na capacidade portuguesa. A Dinamarca falhava golos de baliza aberta e via Rui Patrício, ainda assim a ser o melhor português, evitando um desaire mais pesado em termos de desnível.
Paulo Bento fez as substituições possíveis mas era flagrante a pouca capacidade do banco para alterar as coisas. Miguel Veloso (no lugar de Eliseu 65'), Quaresma (no lugar de Carlos Martins) e Nuno Gomes! (no lugar de Postiga 78') nada alteraram ainda que o primeiro tenha feito alguns arranques pela esquerda finalizados com centros para as mãos do guarda-redes.
Já em tempo de desconto um livre directo de Cristiano Ronaldo deu uma expressão errada ao marcador tamanha foi a diferença de ritmo e de oportunidades de golo entre as duas equipas.
Resta o play-off podendo caber a Portugal a Bósnia (que empatou na França 1-1 depois de estar a ganhar durante muito tempo) - será um remake do play-off do Mundial? -, Montenegro (que hoje perdeu na Suiça por 2-0 mas ganhou o segundo lugar no Grupo G), Estónia (surpreendente segundo lugar, beneficiando da eliminação da Sérvia pela derrota na Eslovénia no grupo ganho pela Itália) ou Irlanda (após triunfo em casa frente à Arménia por 2-1 ficou em segundo lugar no Grupo B ganho pela Rússia). As restantes três equipas do play-off são a Turquia (vencedor do Azerbaijão por 1-0, no Grupo ganho com 100% dos pontos pela Alemanha: dez triunfos em dez jogos!), a República Checa (venceu 4-1 na Letónia no Grupo em que a Espanha também fez o pleno com oito vitórias nos oito jogos disputados) e a Croácia (segunda classificada no Grupo ganho pela Grécia).
Caso para dizer que como o prazo foi prorrogado... esperamos até à última para cumprir.
Venha a Estónia que iremos lá... (digo eu... não sei...).
Ficha do Jogo:
Qualifying round (Group H) - 11/10/2011 - 20:15CET (20:15 local time) - Parken Stadion - Copenhagen
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA); assistentes: Luca Maggiani (ITA), Andrea Stefani (ITA)
DINAMARCA: Sorensen, Jacobsen, Kjaer, Bjelland, Silberbauer (Simon Poulsen 76'), William Kvist, Eriksen, Zimling (Christian Poulsen 70'), Rommedahl (Jakob Poulsen 87'), Bendtner, Krohn-Dehli.
PORTUGAL: Rui Patrício, João Pereira, Rolando, Bruno Alves, Eliseu (Miguel Veloso 65', Carlos Martins (Quaresma 65'), Raúl Meireles, João Moutinho, Nani, Hélder Postiga (Nuno Gomes 78'), Cristiano Ronaldo.
Golos: 1-0 Krohn-Dehli 13; 2-0 Bendtner 63; 2-1 Cristiano Ronaldo 90+2'
Disciplina: Cartão amarelo para Rommedahl 45'por obstrução a Cristiano Ronaldo
Cartão amarelo aos 75' para Michael Silberbauer
Como é que uma selecção medíocre de há quatro dias atrás se podia em tão pouco tempo converter numa boa selecção? Não entendo como uma imprensa tão benevolente para Paulo Bento se satisfez com um resultado de 5-3 em casa perante a Islândia. Então sofrer três golos em casa perante toscos islandeses, que ainda criaram outras tantas oportunidades flagrantes, só podia prenunciar um desastre na Dinamarca.
E os primeiros minutos logo mostraram amedrontados portuguesinhos de palmo e meio a andarem a passo de caracol (ou a trem da linha do Tua) perante gigantes dinamarqueses a velocidade de train de gran vitesse (que não temos e nunca teremos).
Aos três minutos já perdíamos não fosse o árbitro italiano ver uma falta (depois de os dinamarqueses já estarem há bom tempo a festejar) que não vi. Mas perante uma equipa à defesa que não sabe defender foi questão de tempo ver Rui Patrício sofrer um golo num remate de Krohn-Dehli... que Rolando desviou para dentro da baliza. E assim a Dinamarca avançava para o comando da qualificação. Na Suécia a equipa da casa avançava também no marcador mas logo os holandeses restabeleciam o empate para repor Portugal na rota da fase final do Euro.
Quase durante toda a primeira parte Portugal esteve bloqueado e o guarda-redes dinamarquês teve um dia de férias, intervindo praticamente para fazer uma defesa a remate de Cristiano Ronaldo que saiu com boa direcção mas frouxo.
Quando se pensaria que o intervalo só poderia fazer bem a Portugal os dinamarqueses ameaçaram com o segundo golo que viriam a marcar por Bendtner aos 63'. O onze do jogo da Islândia repetido neste jogo em Copenhaga estava longe de chegar para se bater perante o futebol directo, vivo, físico e dinâmico da Dinamarca.
Postiga um zero à esquerda, sempre lento, amorfo e inconsequente. Os laterais João Pereira e Eliseu foram buracos de todo o tamanho, Carlos Martins com alguns remates de fora da área desastrados, João Moutinho e Raul Meireles sem físico para disputar as bolas perante gigantes dinamarqueses a maior parte das vezes em lances aéreos. Cristiano Ronaldo poucas vezes em jogo...
Da Suécia as notícias do segundo golo da Holanda logo foram contrariadas pela reviravolta sueca que atirava Portugal para o play-off.
Já era mais a expectativa de auxílio externo do que esperança na capacidade portuguesa. A Dinamarca falhava golos de baliza aberta e via Rui Patrício, ainda assim a ser o melhor português, evitando um desaire mais pesado em termos de desnível.
Paulo Bento fez as substituições possíveis mas era flagrante a pouca capacidade do banco para alterar as coisas. Miguel Veloso (no lugar de Eliseu 65'), Quaresma (no lugar de Carlos Martins) e Nuno Gomes! (no lugar de Postiga 78') nada alteraram ainda que o primeiro tenha feito alguns arranques pela esquerda finalizados com centros para as mãos do guarda-redes.
Já em tempo de desconto um livre directo de Cristiano Ronaldo deu uma expressão errada ao marcador tamanha foi a diferença de ritmo e de oportunidades de golo entre as duas equipas.
Resta o play-off podendo caber a Portugal a Bósnia (que empatou na França 1-1 depois de estar a ganhar durante muito tempo) - será um remake do play-off do Mundial? -, Montenegro (que hoje perdeu na Suiça por 2-0 mas ganhou o segundo lugar no Grupo G), Estónia (surpreendente segundo lugar, beneficiando da eliminação da Sérvia pela derrota na Eslovénia no grupo ganho pela Itália) ou Irlanda (após triunfo em casa frente à Arménia por 2-1 ficou em segundo lugar no Grupo B ganho pela Rússia). As restantes três equipas do play-off são a Turquia (vencedor do Azerbaijão por 1-0, no Grupo ganho com 100% dos pontos pela Alemanha: dez triunfos em dez jogos!), a República Checa (venceu 4-1 na Letónia no Grupo em que a Espanha também fez o pleno com oito vitórias nos oito jogos disputados) e a Croácia (segunda classificada no Grupo ganho pela Grécia).
Caso para dizer que como o prazo foi prorrogado... esperamos até à última para cumprir.
Venha a Estónia que iremos lá... (digo eu... não sei...).
Ficha do Jogo:
Qualifying round (Group H) - 11/10/2011 - 20:15CET (20:15 local time) - Parken Stadion - Copenhagen
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA); assistentes: Luca Maggiani (ITA), Andrea Stefani (ITA)
DINAMARCA: Sorensen, Jacobsen, Kjaer, Bjelland, Silberbauer (Simon Poulsen 76'), William Kvist, Eriksen, Zimling (Christian Poulsen 70'), Rommedahl (Jakob Poulsen 87'), Bendtner, Krohn-Dehli.
PORTUGAL: Rui Patrício, João Pereira, Rolando, Bruno Alves, Eliseu (Miguel Veloso 65', Carlos Martins (Quaresma 65'), Raúl Meireles, João Moutinho, Nani, Hélder Postiga (Nuno Gomes 78'), Cristiano Ronaldo.
Golos: 1-0 Krohn-Dehli 13; 2-0 Bendtner 63; 2-1 Cristiano Ronaldo 90+2'
Disciplina: Cartão amarelo para Rommedahl 45'por obstrução a Cristiano Ronaldo
Cartão amarelo aos 75' para Michael Silberbauer
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