Que dourada manhã, que luz mimosa
Enverniza dos campos a verdura!
Que aura cheirosa e cheia de brandura!
Será, quem sabe, o respirar da rosa?
Doura-se em luz a serra majestosa,
Das flores leva a Deus a essência pura;
Dos pássaros nos sons com que doçura,
Canta a floresta antífona maviosa!
D’alma em ternura a ti sobem louvores,
Bendito Criador da natureza!
Quem vê sem te adorar tantos primores?
Que humano rosto em si tem tal beleza?
De qual beleza nascem mais amores?
E quais amores têm tanta grandeza?
José Maria do Amaral Filho (nasceu no Rio de Janeiro a 14 de Março de 1812 — faleceu em Niterói a 23 de Set. de 1885)
Ler do mesmo autor neste blog: Tristezas de Minha Alma Tão Sentidas
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