Ainda um dia hei-de contar-te as espantosas
coisas de que me lembro quando fico à tua espera
horas e horas, cada vez mais vagarosas,
e tu não chegas, meu amor, e tu demoras
mais do que a minha paciência. Quem me dera
aquele tempo em que era sempre primavera
e assistia indiferente à passagem das horas.
Mas, quando chegas, só me ocorre esquecer tudo
e ter-te uma vez mais como quem tem o mundo.
in Os dias do Amor, um poema para cada dia do ano; recolha, selecção e organização de Inês Ramos. Ministério dos Livros.
Torquato da Luz (nasceu em Alcantarilha, Silves em 1943)
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