Qual orvalho, ou qual pranto,
que lágrimas aquelas
que vi correrem do nocturno manto
e do luzente rosto das estrelas?
E por que semeou a branca lua
nuvens negras de gotas cristalinas
à relva das colinas?
Por que na noite escura
se ouviram, como gritos, mundo afora
caçar o vento a aurora?
Foram sinais, talvez, de que partiste
e eu, mudo, fiquei triste?
Trad. Érico Nogueira daqui
Torquato Tasso (n. Sorrento, 11 de março de 1544 — m. Roma, 25 de abril de 1595)
Ler do mesmo autor, neste blog: Vida da minha vida
1 comentário:
Pois é meu amigo; esse é um canto triste, a partida de alguém que amamos, mas são palavras doces que transformam a tristeza de um poema, em doces palavras de beleza!
Boa semana! Beijos
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