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2011-04-07

Benfica marca quatro e desperdiça mais... mas tem as meias-finais à vista


Benfica

4-1

PSV


Uma hora de luxo, Maxi e... (mini) Roberto

Os benfiquistas sofreram uma desilusão no passado domingo ao ver o rival nortenho festejar o título no seu próprio campo mas passados apenas quatro dias apresentaram-se em massa no Estádio da Luz fazendo a melhor lotação da época excedendo os 60 mil.

O Benfica começou bem com jogadas em velocidade, Maxi Pereira a fazer todo o corredor direito - foi o melhor jogador em campo fazendo uma grande exibição - a desequilibrar e o Benfica podia ter inaugurado o marcador logo aos 7' quando Saviola, numa rotação na área, atirou ao poste mais longe mas a bola bateu no ferro da baliza.

Passado o primeiro quarto de hora os holandeses conseguiram também fazer perigar a baliza de Roberto dispondo mesmo de uma excelente oportunidade para marcar: Dzsudzak (o melhor do PSV no jogo) aproveitou a marcação demasiado distante de Salvio para junto da linha de fundo no lado esquerdo cruzar para Marcus Berg em posição frontal rematar de cabeça mas ligeiramente ao lado. Aos 26' outra vez Dzsudzak a cruzar da esquerda mas Lens não chegou à bola que saiu um tanto demais para a frente. O Benfica conseguia impor um ritmo alto com acelerações de Maxi na direita e Coentrão na esquerda. Cardozo aos 30' fez Isaksson brilhar ao defender com uma mão para canto um remate ainda de longe do paraguaio. No minuto seguinte Saviola fez um cruzamento remate e Gaitán ficou coma cabeça a poucos centímetros do desvio da bola ja com o guarda-.redes batido. Nesta altura o resultado já era lisonjeiro para os holandeses mas não demorou muito para os dois laterais encarnados protagonizarem a jogada do primeiro golo. Foi Maxi que ainda no meio-campo defensivo começou a jogada, Coentrão retomou-a em grande velocidade o desequilíbrio foi gerado, Gaitan cruzou para Cardozo, este falhou mas a bola sobrou para o remate de pé esquerdo fulminante de Aimar que fez passar a bola pelo meio das pernas de um defesa e bater Isaksson.

O Benfica terminou a primeira parte da melhor maneira possível com Coentrão pela esquerda a ganhar o ressalto numa jogada de insistência e pôs a bola na zona nevrálgica com Salvio a concluir com êxito (e nota artística). Um resultado bom para o Benfica ao intervalo que dava ainda fortes expectativas aos adeptos de poder vir a ser ampliado.

No início da segunda parte não se viu reacção holandesa, o Benfica com Aimar, também em grande estilo, no meio-campo demonstrava superioridade. Salvio numa jogada individual pela direita entrou na área e desbaratou dois adversários para depois chutar cruzado ao segundo poste afastando a bola suficientemente da estirada com a perna direita do guarda-redes sueco. Resultado colocado em 3-0 e com os holandeses já sem saber onde se meterem (Engelaar viu logo a seguir o primeiro cartão amarelo do jogo), os adeptos benfiquistas passaram a contar com a possibilidade de resolução definitiva da eliminatória na Luz.

Mas alguma coisa - passa-se ainda com esta equipa do Benfica algumas coisas inexplicáveis- se passou. O Benfica passou a largar a bola rápido demais, Gaitán esteve sempre muito individualista e agora, verdade se diga, os holandeses também já não tinham nada a perder. Luisão na hora H tirou a hipótese de Berg marcar aos 57' e Saviola após mais uma jogada de Maxi tinha todo o tempo para preparar primeiro e rematar depois mas preferiu rematar, de primeira, de cabeça com um defesa afastar a bola do caminho da baliza. O jogo estava partido com superioridade dos ataques, um holandês (em aparente fora de jogo não assinalado) teve todo o tempo do mundo para marcar mas também ele se deslumbrou, foi lento e perdeu a possibilidade.

Entre os 73 e os 79' quatro substituições (duas em cada equipa) as de Jesus dando a aparência de querer segurar o resultado as dos holandeses de quererem fazer alguma coisa. Um cruzamento remate rasteiro da esquerda que dava a aparência de sair ao lado do segundo poste teve a intervenção (infeliz ou incompetente?) de Roberto que fez a assistência perfeita para Labyad, jogador de 18 anos recém-entrado em campo, marcar para os holandeses.

Perpassou dúvidas sobre toda a gente quanto ao destino da eliminatória - de uma solução definitiva à vista passa-se para um resultado perigoso até porque os holandeses estavam agora mais desinibidos ofensivamente.

Felizmente, o incansável Maxi (quando ninguém parecia querer avançar com bola), e já ao expirar o tempo de compensação, foi (uma vez mais) pelo lado direito da área adversária e cruzou para Saviola perto da pequena área fazer uma rotação e desta vez marcar, pelo meio da baliza, dando uma grande alegria aos benfiquistas que vêm no resultado alcançado margem suficiente para uma certa tranquilidade. Se o PSV é uma equipa de grande vocação ofensiva e pode-se considerar normal que marque dois golos em Eindhoven (na realidade, para passar tem de marcar pelo menos três), também o Benfica certamente marcará pelo menos um.

O árbitro italiano é do tipo de deixar jogar, jogar, só interrompe em último grau (na primeira parte só foram assinaladas sete faltas!). O assistentes que acompanhou o ataque do Benfica durante a primeira parte invalidou bem (por fora de jogo) o lance em que Cardozo enfiou a bola na baliza mas na segundas parte pareceu-nos equivocado em dois lances, um a deixar continuar uma jogada em que um avançado holandês apareceu isolado (pareceu-nos fora de jogo) e outro ao assinalar fora de jogo sem estar.

Ficha de jogo:
Quarter-finals, First leg - 07/04/2011 - 21:05CET (20:05 local time) - Estádio do Sport Lisboa e Benfica - Lisbon
Estádio da Luz, mais de 60 mil espectadores
Árbitro: Paolo Tagliavento (ITA)
BENFICA: Roberto, Maxi Pereira, Luisão, Jardel, Fábio Coentrão, Javi García, Salvio, Aimar (César Peixoto 78'), Gaitán (Jara 78'), Saviola e Cardozo (Felipe Menezes 90').

PSV EINDHOVEN (Titulares): Isaksson, Manolev, Marcelo, Bouma, Pieters (Wuytens 73'), Hutchinson, Bakkal, Engelaar, Lens, Marcus Berg (Labyad 79') e Dzsudzak.


Golos: 1-0 Aimar 37'; 2-0 e 3-0 Salvio (2 golos) 45+2' e aos 51'; 3-1 Labyad 80';
4-1 Saviola 90+4'

Disciplina:
53'Cartão amarelo para Engelaar, por falta sobre Javí Garcia;
69' Cartão amarelo para Pieters;
85' Cartão amarelo para Javi Garcia.

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Uma referência para os outros (grandes) resultados das equipas portuguesas: o Porto venceu o Spartak de Moscovo por 5-1 com 1-0 ao intervalo e um hat-trick de Falcão, enquanto o Braga foi empatar 1-1 em Kiev, marcou primeiro a equipa ucranioana logo aos 5' mas um auto-golo de Gusev aos 13' restabeleceu o empate. A expulsão de Shevchenko a meia hora do final facilitou a tarefa para os bracarenses e é um bom handicap para a segunda-mão já que o jogo começa com o Braga em vantagem. Um nulo em Braga é suficiente.

No outro jogo o Villarreal fez o mesmo resultado do Porto vencendo o Twente por 5-1 e. assim, já têm encontro marcado nas meias-finais.




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