O homem é um animal que enterra seus mortosin Poesia Brasileira do Século XX Dos Modernistas à Actualidadeambiguamente. Os animaisdeixam seus pares apodreceremà calcinada luz do Sole elaboram à luz da Luao lutode suas plumas e pêlos.Os homens, não. Ambiguamenteenterram os ossos alheiosna medula de seus sonhos.são sepulcros deambulantes
Por issocom sempre-vivas nos olhosexalando suspirosexalando remorsos
Selecção, introdução e notas de Jorge Henrique Bastos, Edições Antígona
Affonso Romano de Sant'Anna (nasceu em Belo Horizonte a 27 de Março de 1937)
Ler do mesmo autor, neste blog:
Silêncio Amoroso
Arte-final
2 comentários:
Querido Fernando; não sei o motivo dos animais largarem os companheiros mortos, expostos, porque eles têm a prática de enterrar ossos, etc.
Esse é um poema para reflexão.
Bom domingoe boa semana! Beijos
Faz HOJE 2 anos que a TÂNIA partiu.
Este poema tem coisas muito certas:
Os homens, não. Ambiguamente enterram os ossos alheios na medula de seus sonhos.
Por isso são sepulcros deambulantes
com sempre-vivas nos olhos exalando suspiros exalando remorsos
Posso levá-lo?
Beijos meus.
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