Chamar-te colibri sussurrar-te
Ao ouvido coisas ácidas e ternas
Morder-te no pescoço nos ombros nas nádegas
Sentir a humidade entre as tuas pernas
Selar-te as pálpebras com saliva
Enquanto gritas que me odeias e me amas
As minhas mãos numa roda viva
Entre as tuas nádegas e as tuas mamas
A minha língua a tua língua o meu
Pénis o teu clitóris a minha língua
O teu clitóris o meu pénis a tua língua
De joelhos como se implorasse
Enterrá-lo bem fundo entre as tuas pernas
Deixar que um raio nos trespasse
Jorge de Sousa Braga nasceu em Cervães, Vila Verde a 23 de Dezembro de 1957
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