Fui hoje ver um trem desmantelado
Na Quinta do Zé Grande em Odivelas,
Se há relíquias que são traços de fado
Aquela traquitana é uma delas!
Se há relíquias que são traços de fado
Aquela traquitana é uma delas!
Foi lá que a Júlia Mendes certa vez,
Ferida de ciúme e paixão cega,
Entrou no pátio velho de um Marquês
Para uma ceia típica na adega!
Entrou no pátio velho de um Marquês
Para uma ceia típica na adega!
Noite alta, canjirões, fado e rambóia
O Zé da Praça entrou, fez burburinho,
Trouxe a Júlia na frente p’ra tipóia
E fizeram as pazes no caminho!
Trouxe a Júlia na frente p’ra tipóia
E fizeram as pazes no caminho!
Quantas ceias iguais, de amor e fado,
De ciúme e de sangue, algumas delas,
Se viveram no trem desmantelado
Que eu vi hoje na Quinta de Odivelas!
Se viveram no trem desmantelado
Que eu vi hoje na Quinta de Odivelas!
Carlos Conde, poeta popular português, nasceu a 22 de Novembro de 1901, no Lugar do Monte na Murtosa (Aveiro), e faleceu a 13 de Julho de 1981, em Lisboa.
1 comentário:
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