Arsenal
6-0
Braga
Cilindrados... e sem surpresa
À posteriori parecem infantis e completamente inverosímeis as declarações dos dirigentes, técnicos e jogadores do Braga antes deste jogo. Na realidade o Braga apesar do notável crescimento dos últimos tempos, como pode ousar ser capaz de pensar ser já um grande da Europa para jogar olhos nos olhos em Londres contra uma equipa que demonstrou ser de outra galáxia?
Há pouco mais de meio ano o Porto foi batido neste mesmo estádio por 5-0. O Braga acabou de ser derrotado no Dragão por 3-2. Assim uma distância de seis golos nem parece demais.
A equipa bracarense já fez um grande feito em chegar pela primeira vez na história a esta fase da prova e, só, por isso, já fez um excelente encaixe financeiro. Mas o sorteio reservou-lhe logo para a estreia o adversário mais difícil. Os primeiros minutos foram logo um sufoco e a equipa de Braga não estava táctica nem mentalmente preparada para este desafio. Sabem que o Arsenal acabou o jogo com mais faltas do que o Braga?
A equipa portuguesa foi demasiado ingénua, querendo jogar da mesma maneira como joga em Portugal frente ao Beira-Mar ou Portimonense... Mas o Arsenal não é deste campeonato.
Aos dez minutos surgiu o primeiro golo já depois de uma avalanche ofensiva, convertido por Fabregas após penalty de Felipe. Já tinha havido um outro lance em que se pediu penalty (os londrinos...é óbvio) mas que o árbitro luxemburguês decidiu não haver motivo para isso. O Braga, dentro da mesma ingenuidade, até encaixou bem o golo. Teve os melhores momentos ofensivos logo a seguir e numa grande jogada de Alan pelo lado direito criou a talvez única jogada de perigo real para a baliza do Arsenal. Faltou "apenas" um desvio, à boca da baliza, na bola proveniente do cruzamento da direita.
Mas estes momentos de aparente equilíbrio apenas serviram para iludir a equipa. Os ingleses, com um intratável Song (devia ter saído do jogo com um amarelo tantas foram as faltas que cometeu a parar os lances na fase inicial de construção por parte do Braga) a destruir o jogo adversário, Fabregas um maestro admirável na construção, e uma dinâmica completamente diferente da que se passa em Portugal, num ápice (30' e 34') avançaram para os 3-0 e o jogo estava mais do que decidido. Competiria ao Braga assumir isso e esperar que os ingleses afrouxassem para contyer os prejuízos.
Porém, ainda que o ritmo na segunda parte não pudesse ser tão forte, os ingleses não se satisfizeram em fazer andar o tempo e cedo chegaram ao 4-0. As substituições pouco deram ao Braga (Hélder Barbosa terá tocado na bola?) enquanto Vela surgiu com fome de golos e fez mais dois.
O Braga praticamente não ameaçou Almunia, enquanto se é verdade que o guarda-redes Felipe também não tivesse sido forçado a muitas intervenções via a sua baliza em constantes sobressaltos. Os ingleses tiveram ainda uma bola no poste e Moisés salvou em cima da linha mais um lance de golo.
O Braga devia ter bloqueado mais o jogo, mesmo em falta, o que raramente fez e jogado para perder por poucos o que também não mostrou querer (ou saber) fazer. No fundo, a equipa bracarense não quis ser submissa e acabou perfeitamente vergada a uma equipa nitidamente superior. Agora também não se pode passar do 80 para o 8! Os bracarenses têm que ultrapassar este resultado (afinal, qualquer equipa portuguesa em condições normais de pressão e temperatura "leva quatro" contra estes ingleses).
No outro jogo do grupo o Shakhtar venceu o Partizan por 1-0. Na segunda ronda o Braga recebe o Shakhtar em 28 de Setembro em jogo em que tem de ganhar para continuar a sonhar.
Arsenal Stadium, London
Árbitro: Alain Hamer (LUX)
ARSENAL: Almunia; Sagna, Koscielny, Squillaci, Clichy; Alex Song (Denílson 63'), Jack Wilshere; Nasri, Cesc Fabregas, Arshavin (Eboué 70'); Chamakh (Carlos Vela 63')
SP. BRAGA: Felipe; Miguel Garcia, Moisés, Rodríguez, Sílvio; Vandinho, Luís Aguiar, Hugo Viana (Mossoró 54'); Alan, Matheus (Lima 59'), Paulo César (Hélder Barbosa 70'),
Golos; Fabregas (2) aos 9' (pen) e 53'; Arshavin 30', Chamakh 34'; Carlos Vela (2) aos 69' e 84';
Disciplina: 8'Cartão Amarelo para Felipe (Sp. Braga).
20'Cartão Amarelo para Rodríguez (Sp. Braga).
64'Cartão Amarelo para Sagna (Arsenal) por rasteira a Paulo César
A equipa bracarense já fez um grande feito em chegar pela primeira vez na história a esta fase da prova e, só, por isso, já fez um excelente encaixe financeiro. Mas o sorteio reservou-lhe logo para a estreia o adversário mais difícil. Os primeiros minutos foram logo um sufoco e a equipa de Braga não estava táctica nem mentalmente preparada para este desafio. Sabem que o Arsenal acabou o jogo com mais faltas do que o Braga?
A equipa portuguesa foi demasiado ingénua, querendo jogar da mesma maneira como joga em Portugal frente ao Beira-Mar ou Portimonense... Mas o Arsenal não é deste campeonato.
Aos dez minutos surgiu o primeiro golo já depois de uma avalanche ofensiva, convertido por Fabregas após penalty de Felipe. Já tinha havido um outro lance em que se pediu penalty (os londrinos...é óbvio) mas que o árbitro luxemburguês decidiu não haver motivo para isso. O Braga, dentro da mesma ingenuidade, até encaixou bem o golo. Teve os melhores momentos ofensivos logo a seguir e numa grande jogada de Alan pelo lado direito criou a talvez única jogada de perigo real para a baliza do Arsenal. Faltou "apenas" um desvio, à boca da baliza, na bola proveniente do cruzamento da direita.
Mas estes momentos de aparente equilíbrio apenas serviram para iludir a equipa. Os ingleses, com um intratável Song (devia ter saído do jogo com um amarelo tantas foram as faltas que cometeu a parar os lances na fase inicial de construção por parte do Braga) a destruir o jogo adversário, Fabregas um maestro admirável na construção, e uma dinâmica completamente diferente da que se passa em Portugal, num ápice (30' e 34') avançaram para os 3-0 e o jogo estava mais do que decidido. Competiria ao Braga assumir isso e esperar que os ingleses afrouxassem para contyer os prejuízos.
Porém, ainda que o ritmo na segunda parte não pudesse ser tão forte, os ingleses não se satisfizeram em fazer andar o tempo e cedo chegaram ao 4-0. As substituições pouco deram ao Braga (Hélder Barbosa terá tocado na bola?) enquanto Vela surgiu com fome de golos e fez mais dois.
O Braga praticamente não ameaçou Almunia, enquanto se é verdade que o guarda-redes Felipe também não tivesse sido forçado a muitas intervenções via a sua baliza em constantes sobressaltos. Os ingleses tiveram ainda uma bola no poste e Moisés salvou em cima da linha mais um lance de golo.
O Braga devia ter bloqueado mais o jogo, mesmo em falta, o que raramente fez e jogado para perder por poucos o que também não mostrou querer (ou saber) fazer. No fundo, a equipa bracarense não quis ser submissa e acabou perfeitamente vergada a uma equipa nitidamente superior. Agora também não se pode passar do 80 para o 8! Os bracarenses têm que ultrapassar este resultado (afinal, qualquer equipa portuguesa em condições normais de pressão e temperatura "leva quatro" contra estes ingleses).
No outro jogo do grupo o Shakhtar venceu o Partizan por 1-0. Na segunda ronda o Braga recebe o Shakhtar em 28 de Setembro em jogo em que tem de ganhar para continuar a sonhar.
Arsenal Stadium, London
Árbitro: Alain Hamer (LUX)
ARSENAL: Almunia; Sagna, Koscielny, Squillaci, Clichy; Alex Song (Denílson 63'), Jack Wilshere; Nasri, Cesc Fabregas, Arshavin (Eboué 70'); Chamakh (Carlos Vela 63')
SP. BRAGA: Felipe; Miguel Garcia, Moisés, Rodríguez, Sílvio; Vandinho, Luís Aguiar, Hugo Viana (Mossoró 54'); Alan, Matheus (Lima 59'), Paulo César (Hélder Barbosa 70'),
Golos; Fabregas (2) aos 9' (pen) e 53'; Arshavin 30', Chamakh 34'; Carlos Vela (2) aos 69' e 84';
Disciplina: 8'Cartão Amarelo para Felipe (Sp. Braga).
20'Cartão Amarelo para Rodríguez (Sp. Braga).
64'Cartão Amarelo para Sagna (Arsenal) por rasteira a Paulo César
1 comentário:
Fernando,
Apesar de não ter gostado da humilhação nacional, é bom para o Braga descer á terra e por os pés no chão e cabar com as "caganças" de grande equipa ...!
Um abraço da M&M & Cª!
PS: Vamos ver se o SCP tb não faz uma figura destas ...!
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