A Espanha sagrou-se campeã Mundial de futebol com todo o mérito. Foi, apenas, o oitavo país a inscrever o seu nome na lista restrita de campeões do Mundo.
Este facto fez-me lembrar episódios de infância. Era uma vez, uma criança de inteligência superior à média, imaginativa, com personalidade algo introspectiva. Numa época em que os brinquedos eram as "sameiras", o arco, o pião, e já de modo selectivo a mota ou o carro de rolamentos, ela criava os seus entretenimentos e quase sempre associados ao desporto.
Passando o tempo que restava da escola - e como o tempo, então, restava - na casa onde funcionava a oficina dos estofos, entre a oficina propriamente dita, o escritório e a cozinha - aqui de ouvido colado ao rádio para ouvir as reportagens da etapa da Volta a Portugal - ela inventava os jogos com que se divertia, ao mesmo tempo que os relatava.
Aproveitando as caixinhas que continham as taxas para os estofos, recortava os cartões em pequenos rectângulos tendencialmente do mesmo tamanho, nos quais inscrevia os nomes dos países, obtidos num atlas da geografia. Os países eram todos iguais e do mesmo tamanho: nem os Estados Unidos da América, mandava nas regras, nem a Alemanha dava ordens aos gregos...
Aí até as repúblicas integrantes da ex-União Soviética já tinham lugar autonómico: Estónia, Letónia, Lituânia...
Depois todos os pequenos rectângulos de cartão eram colocados numa caixa de sapatos, misturados e ... aí vai iniciar-se a grande competição. No corredor eram azungados (como me fui lembrar desta palavra? sin.: atirados, lançados) os pequenos pedaços de cartão.
O rectângulo que fosse projectado mais longe era o vencedor ... e por isso o Brasil, a Argentina, a Alemanha, Itália, França ou Espanha não tinham mais hipóteses de ganhar do que o Bangladeche, o Vietname, o Liechtenstein ou o Alto Volta... Também não havia erros de arbitragem e, assim, tínhamos o Benim, o Rwanda ou o Laos campeões do Mundo! Ainda assim, não me lembro de Portugal ter sido campeão...
Este facto fez-me lembrar episódios de infância. Era uma vez, uma criança de inteligência superior à média, imaginativa, com personalidade algo introspectiva. Numa época em que os brinquedos eram as "sameiras", o arco, o pião, e já de modo selectivo a mota ou o carro de rolamentos, ela criava os seus entretenimentos e quase sempre associados ao desporto.
Passando o tempo que restava da escola - e como o tempo, então, restava - na casa onde funcionava a oficina dos estofos, entre a oficina propriamente dita, o escritório e a cozinha - aqui de ouvido colado ao rádio para ouvir as reportagens da etapa da Volta a Portugal - ela inventava os jogos com que se divertia, ao mesmo tempo que os relatava.
Aproveitando as caixinhas que continham as taxas para os estofos, recortava os cartões em pequenos rectângulos tendencialmente do mesmo tamanho, nos quais inscrevia os nomes dos países, obtidos num atlas da geografia. Os países eram todos iguais e do mesmo tamanho: nem os Estados Unidos da América, mandava nas regras, nem a Alemanha dava ordens aos gregos...
Aí até as repúblicas integrantes da ex-União Soviética já tinham lugar autonómico: Estónia, Letónia, Lituânia...
Depois todos os pequenos rectângulos de cartão eram colocados numa caixa de sapatos, misturados e ... aí vai iniciar-se a grande competição. No corredor eram azungados (como me fui lembrar desta palavra? sin.: atirados, lançados) os pequenos pedaços de cartão.
O rectângulo que fosse projectado mais longe era o vencedor ... e por isso o Brasil, a Argentina, a Alemanha, Itália, França ou Espanha não tinham mais hipóteses de ganhar do que o Bangladeche, o Vietname, o Liechtenstein ou o Alto Volta... Também não havia erros de arbitragem e, assim, tínhamos o Benim, o Rwanda ou o Laos campeões do Mundo! Ainda assim, não me lembro de Portugal ter sido campeão...
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