Masco e remasco a minha raiva, chewing gum.
Que pílula este mundo!
Roda roda sem parar.
Zero zero zero zero,
é uma falta de imprevisto...
Quotidianissimamente enfastiado,
engulo a pílula ridícula,
janto universo e como mosca.
Comi o mio-mio das amarguras.
A raiva dói como um guasqueaço.
Amolado.
Paulificado.
Angurreado.
Bilu, pensa nas madrugadas que virão,
aspira a força da terra possante e contente.
Cada pedra no caminho é trampolim.
O futuro se conjuga saltando.
Depois:
indicativo presente -
caio em mim.
Augusto Meyer (n. em Porto Alegre, RS, em 24 Jan. 1902; m. no Rio de Janeiro, RJ, em 10 Jul 1970).
Ler do mesmo autor, neste blog: Gaita
Flor de Maricá
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