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2009-12-14

Maior Antologia de Poesia Portuguesa apresentada amanhã em Lisboa

A Porto Editora apresenta amanhã, 15 de Dezembro, pelas 19:00, na Fundação Medeiros e Almeida, em Lisboa, a maior antologia de poesia portuguesa jamais reunida num só volume: Poemas Portugueses - Antologia da Poesia Portuguesa do Séc. XIII ao Séc. XXI, organizada por Jorge Reis-Sá e Rui Lage. Ao prefaciador Vasco Graça Moura caberá a apresentação do livro.

Colaboraram na construção da obra mais de trinta especialistas nos autores em questão ou nos períodos e movimentos a que é lícita a sua associação. Nomes como Eduardo Pitta, Arnaldo Saraiva, Guiseppe Tavani, Nuno Júdice, Fernando J. B. Martinho, Fernando Guimarães ou o próprio Vasco Graça Moura assinam os verbetes que introduzem os poetas constantes na antologia.

Organizada por ordem cronológica do nascimento de cada poeta
Segundo os antologiadores, o elemento de distinção da obra, relativamente às organizadas no passado, é o facto de ela ser "a primeira antologia panorâmica que abarca a poesia portuguesa desde os seus alvores, na transição do século XII para o século XIII até ao ano de 2008". Para Jorge Reis-Sá e Rui Lage, esta é "a primeira vez que todo o arco temporal do século XX é objecto de um projecto antropológico não exclusivo, isto é, nem temático, nem tendencioso". A antologia está organizada por ordem cronológica do nascimento de cada poeta, abrindo com a Cantiga de Garvala, de Pai Soares de Taveirós, trovador do primeiro decénio do século XIII, e encerrando com um poema de Luís Quintais, Rasto, datado de Outubro de 2008.

"Uma compilação monumental e pistas fascinantes no interior da cultura portuguesa"
Vasco Graça Moura, prefaciador da obra, considera que Poemas Portugueses "é um trabalho sério e importante, baseia-se num grande conhecimento da literatura portuguesa e em opções de gosto seguras". Para o escritor, a antologia "recupera autores que, por vezes, não se encontram facilmente disponíveis no mercado editorial" e "propõe ao grande público uma compilação monumental e pistas fascinantes no interior da cultura portuguesa".

Os coordenadores
Jorge Reis-Sá nasceu em 1977 em Vila Nova de Famalicão. Frequentou, entre 1994 e 2000, os cursos de Astronomia e Biologia na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e estagiou no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto onde estudou genética populacional, interrompendo a formação académica para se tornar editor. Editou seis livros de poemas, os últimos dos quais Biologia do Homem, Livro de Estimação e Vou para Casa e cinco de narrativa, entre os quais a memória Por Ser Preciso, vencedor do Prémio Manuel Maria Barbosa du Bocage desse mesmo ano, o romance Todos os Dias, os contos Terra e o divertimento O Dom. Organizou diversas antologias, entre as quais Anos 90 e Agora - Uma Antologia da Nova Poesia Portuguesa e colabora frequentemente com a imprensa.

Rui Lage nasceu na cidade do Porto em 1975. Publicou os livros de poesia Antigo e Primeiro, Berçário, Revólver e Corvo. Traduziu Paul Auster (Poemas Escolhidos), Pablo Neruda (Crepusculário), e Samuel Beckett (Mal Visto Mal Dito), entre outros. Ensaísta e crítico literário, é ainda autor de teatro (Não há mais que nascer e morrer) e de literatura para a infância. Está representado em diversas antologias de poesia. Fundou e dirigiu, entre 1998 e 2004, a revista de literatura, música e artes visuais Águas-Furtadas, editada pelo Jornal Universitário do Porto. Encontra-se a ultimar a sua tese de doutoramento em Literaturas Românicas (Perda, Luto e Desengano: a Elegia na Poesia Portuguesa do Século XX) na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde se licenciou em Estudos Portugueses e Ingleses.
Fonte: daqui

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