Poema de Sá de Miranda em Azulejos na Casa do Barreiro, Gemieira, Ponte de Lima
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Por estes campos sem fim,
onde a vista assim se estende,
que verei, triste de mim,
pois ver-vos se me defende?
Todos estes campos cheios
são de saudades e pesar,
que vem pera me matar
debaixo de céus alheios.
Em terra estranha e em ar,
mal sem meio e mal sem fim,
dor que ninguém não entende,
até quão longe se estende
o vosso poder em mim!
Extraído de 366 poemas que falam de amor, uma antologia de Vadsco da Graça Moura, Quetzal Editores
Francisco de Sá de Miranda (Coimbra, a 28 de agosto de 1481 — Amares, 15 de março de 1558)
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