Rígidos seios de redondas, brancas
frágeis e frescas inserções macias,
cinturas, coxas rodeando as ancas
em que se esconde o corredor dos dias;
torsos de finas, penugentas, frias,
enxutas linhas que nos rins se prendem,
sexos, testículos, que inertes pendem
de hirsutas liras, longas e vazias
da crepitante música tangida,
húmida e tersa, na sangrenta lida
que a inflada ponta penetrante trila;
dedos e nádegas, e pernas, dentes.
Assim no jeito infiel de adolescentes,
a carne espera, incerta, mas tranquila.
in Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica, Selecção, prefácio e notas de Natália Correia, Antígona Frenesi, Lisboa 2005
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