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2009-05-29

SALMO DO POETA - Solange Rech


Chorão em flor - foto de Victor Anacleto daqui

Poema que ofereço, dedico e consagro a Fátima Irene Pinto, poetisa-maior.

O poeta florescerá para bem do homem.
Ele há de retemperar a esperança
quando a multidão se sentir desnutrida,
carente do pão da palavra.
Com a bíblia dos seus versos
e o cajado da mensagem,
o poeta guiará a humanidade,
fazendo prazerosa a travessia da vida.
Seus poemas serão antídoto para a ignomínia,
porque vergastarão a mentira,
restaurando a crença no puro e no belo.
O poeta há de ser como o galho do chorão
que, ao se debruçar sobre as águas do rio,
recupera a seiva em época de estiagem.
E assim alimentado, alimentará o seu povo.
Eterno embaixador de deuses intemporais,
o poeta não clamará no deserto,
mas na alma angustiada das gentes.

Solange Rech (nasceu em Tubarão, Santa Catarina a 29 de Maio de 1946 — faleceu em Florianópolis, 29 de Janeiro de 2008)

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